Por que tem uma vaca nos cantos do campo de críquete?
O Dulwich College em Londres é conhecido por seu interesse ativo pelo críquete e pelo rúgbi desde o século 17. Falando do críquete, a faculdade abrigou um belo pavilhão anexo a um campo de críquete um tanto irregular. Ele não tinha uma forma perfeitamente oval ou esférica, como vemos no críquete moderno.
Os rebatedores na época não tinham a habilidade de aplicar uma variedade de tacadas como vemos atualmente no críquete. Foi o advento do críquete T20 que acostumou nossos olhos a algumas tacadas incomuns. No campo do Dulwich College, os rebatedores tinham uma variedade limitada de tacadas. Alguns poucos jogadores conseguiam acertar a bola na área do campo de Dulwich que foi batizada de “cow corner”, o canto da vaca.
O canto da vaca era uma área entre o wicket do meio e o longo. No campo de críquete, essa região ficava no canto inferior direito. Essa era a área em que o gado pastava no campo de críquete do Dulwich College. Por conta disso, os fielders nunca eram posicionados lá.
Era preciso grande habilidade para mandar a bola no canto da vaca. A maioria dos rebatedores que possuíam a habilidade de acertar tacadas no canto da vaca na época pertenciam à zona rural ou eram de famílias envolvidas na agricultura. Sendo assim, as tacadas que faziam a bola viajar na direção do canto da vaca eram chamadas de tacadas agrícolas. Alternativamente, elas também eram chamadas de tacadas da vaca.