O que é a taxa de dominância do tênis?
No tênis, a dominância de um jogador é distribuída ao longo de um set, uma partida, um torneio e de um piso. A vitória do jogador pode ser analisada com base em vários fatores, como o número de pontos no primeiro serviço que ele conquistou, pontos no segundo serviço, conversão de break point, etc.

Então, como o jogador é definido como sendo “dominante” com base em sua performance? A maioria diria que uma vitória numa sequência de sets seria uma vitória dominante. Mas e se o placar indica 7-6, 7-6? O próximo ponto favorito seria o total de pontos conquistados pelo jogador. Mas aí, o jogador é famoso por vencer pelo Paradoxo de Simpson, quando o jogador derrotado conquistou mais pontos que o tenista que venceu a partida. O último ponto que pode ser proposto é a conversão de break point de um jogador. Esse sim pode ser um fator decisivo que pode ser associado a um jogador com “dominância”.
O motivo é que um jogador pode criar oportunidades de break point para si em múltiplas ocasiões e pode ser capaz de ler apropriadamente o serviço do oponente. Mas a taxa de conversão de break point pode ser enganosa. Você pode criar uma oportunidade tripla de break point, mas existe a chance de o seu oponente forçar um deuce, e assim, recuperar a confiança no serviço dele. Agora, como estamos sem opções para determinar a razão primária para a dominância de um jogador, vamos discutir sobre a Taxa de Dominância do Tênis (DR).
Carl Bialik, um Yalie, desenvolveu uma estatística para determinar a dominância de um jogador. A taxa é o resultado da porcentagem de pontos que um jogador ganha em cima de seu oponente em relação à porcentagem de pontos que ele perde em seu próprio serviço. Essa taxa é melhor porque ela avalia a performance de um jogador num game no qual ele pode ou não estar sacando. Isso leva o tenista a entender que ele precisa colocar ênfase em particular em entender a importância de um love hold. Isso também o mantém motivado a ficar otimista e focado em quebrar o serviço do oponente.
Apesar de ser o candidato favorito na lista de fatores que determinam a dominância de um jogador, ele não é 100% correto em todas as partidas. Já houve partidas em que a DR de um jogador foi melhor do que a de seu oponente no final do jogo e mesmo assim, ele saiu derrotado. Os resultados da taxa de dominância são tão comprovados que se um jogador perde numa situação em que ele tem uma DR mais alta, dizem que ele ganhou uma “Partida de Loteria”.
De maneira ideal, a taxa de dominância de um jogador varia numa faixa entre 0.67-1.5. Com base numa ideologia comum, uma taxa de dominância de 1 é considerada positiva. Uma taxa de dominância superior a 1.5 é ainda melhor. Por exemplo, em 2017, em Halle, quando Federer venceu outro título depois de derrotar Alexander Zverev, sua taxa de dominância nessa partida em particular foi de 2.38. As partidas antes da final tiveram as seguintes taxas de dominância para Federer: 1.16, 1.52, 1.53, 1.98. Sendo assim, o sistema de DR não só analisa a dominância, como também determina, pelo monitoramento dos números, por quanto tempo e com qual consistência o jogador é capaz de dominar.
A taxa de dominância dos 3 Grandes em 2016 foi:
– Novak Djokovic: 1.35
– Rafael Nadal: 1.20
– Roger Federer: 1.33
A taxa de dominância dos mesmos jogadores em 2017 foi:
– Novak Djokovic: 1.20
– Rafael Nadal: 1.43
– Roger Federer: 1.37
A DR não só ajuda a comparar a dominância dos jogadores no tour, como, hoje em dia, os apostadores usam ela como medida para estabelecer as cotações contra os jogadores. Os registros podem ser coletados e a comparação das melhores performances de dois jogadores em dois períodos diferentes também pode ser feita pela taxa de dominância.
Sendo assim, a taxa de dominância do tênis é uma ferramenta importante para medir o domínio de um jogador numa partida, num torneio ou mesmo num tipo de piso.